“Os Fóruns Humanos”

A tua Escola em cima do acontecimento.

A participação do Centro de Línguas do Pinhal Novo (Anglo e Francês) na última edição do Gestech Maio de 2019 trouxe a resposta a uma das questões mais pertinentes nos dias de hoje. A participação da oradora Drª Paula Marques, Diretora Executiva da Porto Business School partilhou a sua opinião sobre a questão – a aprendizagem on-line vs ensino em sala de aula com um grupo de cerca de 600 participantes e o tema em cima da mesa – “Factores críticos para o sucesso na gestão das escolas”.

Para nós (Centro de Línguas) este tema em debate é de crucial importância na vida social desta Empresa. Afinal com a oferta on-line de cursos, explicações por Skype e tradutores digitais nos principais motores de busca, o nosso investimento de crescimento empresarial irá também passar por desenvolver estratégias de ofertas educativas on-line e digital! Contudo:

Porquê optar por cursos de línguas frequentando uma Escola presencialmente quando há tanta oferta digital?

É verdade que durante grande parte da vida desta Escola e desde a sua fundação, a razão de aprender línguas estrangeiras seria a de apostar em aprender as línguas de futuro, nomeadamente as mais utilizadas em informática. Entre outros, este era e é um dos argumentos utilizados para fazer um pouco de publicidade.

Porquê aprender línguas estrangeiras?

  1. Acesso ao conhecimento
  2. Factor favorável à mobilidade pessoal e profissional
  3. Exercício de cidadania Europeia e Internacional
  4. Acesso a outras culturas, valores e modos de viver e pensar.
  5. Ferramenta de trabalho tecnológico

O avanço tecnológico aprimorou novas oportunidades mundiais, por exemplo, a comunicação em tempo 0, o acesso a informação, assim como também o desenvolvimento de meios que permitem distribuir conteúdo pedagógico por meio digital.

Quando colocados a questão: Porquê ir presencialmente a um centro de aprendizagem de línguas estrangeiras se – ” Posso aprender em casa e sozinho!”?

Segundo a pertinente participação da oradora Drª Paula Marques a resposta surge quando se antevê que a tendência de Futuro vai ser dizer não on-line. Mas, não porque não serve e sim porque é enfadonho, solitário, cansativo e frustrante. Não se trata de estratégia de marketing mas sim de realizar quem já experimentou isto do on-line que é verdade. Não há humanização no digital e por conseguinte a aprendizagem é dolorosa e mesmo que existente, a prática além de escassa e limitada exige do aluno/formando uma uma boa dose de superação à frustração e stress.

Causas da limitação de aprendizagem on-line no caso específico das línguas estrangeiras:

  1. Começar nas 5 primeiras aulas com muito afinco e depois desistir por falta de motivação
  2. chegar ao fim do curso e precisar recapitular tudo novamente
  3. procurar no video aquele minuto especifico para relembrar e não encontrar
  4. desajuste entre a necessidade de aprendizagem e a resposta do tutor/professor seja por email, chat ou livecam
  5. Dificuldade técnica para ter um computador com velocidade de largura de banda e CPU suficiente para ter vários programas abertos, mais espaço no monitor para estar bem organizado e não perder o sítio onde se escreveu determinado exercício.

Vemos, por exemplo, a vantagem do tradutor digital nos dispositivos como um primeiro recurso para uma comunicação ou trabalho, contudo não se trata de uma aprendizagem consolidada. Após a primeira gargalhada com um desconhecido a utilizar o tradutor embutido no telemóvel que serve de exercício de ice-breaker a experiência torna-se cansativa e desajeitada. Alguém consegue estruturar um pensamento ou argumento com um tradutor digital na mão?

Já no que diz respeito aos cursos por gravações multimédia e audio-digitais?Sempre existiram. Recordamos as primeiras cassetes com exercícios que acompanhavam os livros de exercícios para repetir conforme se ia avançado no exercício. Existe sim uma primeira abordagem ao conteúdo mas não há consolidação sem acompanhamento profissional adequado e ajustado à necessidade de quem precisa dominar uma língua estrangeira. Não temos receio dos cursos e da oferta formativa on-line digital. Aliás um dos projetos que temos em mente desenvolver passa por alargar a oferta de conteúdos em formato digital. Mas, não se consegue sobrepor o valor de uma aprendizagem on-line ou individual com uma presença humana na sala de aula. Este desenvolvimento passa sobretudo por disponibilizar ferramentas de apoio ao estudo e consolidação de conhecimentos.

Contudo podemos constatar que já existe o ensino por tutor com acesso a plataformas de comunicação por video?

Sim existe, mas efectivamente a personalidade de cada um é que conta. Sente-se com coragem e vontade de estar em frente um monitor sozinho numa sala (quarto/escritório) a escrever e a mostrar o papel de exercícios para a webcam de cada vez que escreve duas palavras? Enfim tudo é possível, mas é enfadonho, na nossa opinião, claro.

Mas no caso específico da aprendizagem das línguas o “Fórum Humano” existente na sala de aula com o professor/tutor/colegas não se consegue reproduzir em meio digital com a webcam, monitor e microfone, talvez numa realidade futura, ao estilo de ficção cientifica com recurso a hologramas, contudo ainda não é caso! A interacção e humanização da troca de vocabulário por exercício em grupos não é acessível por outra forma que não numa sala especificamente dedicada para o efeito, mesmo em conferência por webinar.

Alguém consegue aprender a jogar futebol com um tutor on-line ou curso interativo? …

Esperamos por todos no nossos “Fóruns Humanos” já a partir de Setembro.


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